Em A urdidura da presença, a artista Késsya Souza narra por meio de imagens as histórias de quatro mulheres negras, mães e filhas, moradoras da periferia brasiliense e que fazem parte de sua vida cotidiana.   As mulheres fotografadas possuem poucos registros visuais de suas histórias, começando a ter álbuns de família nos últimos 15 anos. Devido a isso, suas histórias de família foram preservadas na oralidade. A partir de sua relação com essas mulheres, a artista desenvolveu as fotografias que integram A urdidura da presença. 
O livro é composto por obras que dialogam com o desejo das mulheres fotografadas, e assim, retratam episódios de alegria, de cumplicidade e afago, momentos em que foram preservados nas imagens.  Além de se conectar com a história do outro, a arte de Késsya Souza busca gerar um novo olhar sobre a vida das famílias negras. As fotografias propõem-se ao resgate do que as mulheres fotografadas viveram, como ferramenta para construção do presente, evidenciando a afetividade e criando novas memórias em diálogo com o passado. 

Matérias Sobre o Livro
A narrativa africana que inspirou a artista

             Késsya Souza é uma mulher negra e artista visual que divide seu tempo entre Brasil e Portugal, motivada especialmente pelo storytelling griot (griô). Os griôs são pessoas da África Ocidental conhecidos como “os guardiões das palavras” na cultura de diversos países africanos, e carregam a importância de preservar e transmitir as histórias e conhecimentos do seu povo. “Busco um novo olhar sobre as histórias de família negra. As fotografias propõem-se ao resgate do que as mulheres fotografadas viveram como ferramenta para construção do presente, evidenciando a afetividade e criando novas memórias em diálogo com o passado”, explica a artista. Késsya é técnica em áudio e vídeo pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), graduada em Serviço Social pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduada em Fotografia como Suporte para Imaginação (Unyleya) e mestre em Direitos Humanos e Cidadania (UnB). Participou do 1º Festival Foto de Quebrada (2020/21), promovido pela ONG Jovem de Expressão em Ceilândia/DF, e do Festival Recanto do Cinema – Audiovisual na Periferia, promovido pelo IFB, com o documentário Ponto de Encontro (2019).
Conheça a editora Oribê:
O nome “Oribê” é criado a partir de uma contração livre do idioma yorubá, significando elevação da cabeça. A Oribê é uma editora independente de Taguatinga (DF) com atuação também em Salvador (BA) que surgiu em 2019. Publica livros de artes, literatura e religiosidades afro-brasileiras e busca visibilizar a produção escrita de pessoas fora do eixo RJ-SP. Saiba mais em espacodeculturaoribe.com.br
Serviço:

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